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Psicanalista e Psicóloga Clínica - Pamela Pauls

Posso ajudá-lo a investigar, compreender e reinterpretar as razões por de trás de sintomas como ansiedade, angústia, compulsões, pânico, hábitos repetitivos, dependências e outros.

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Pamela Pauls - Psicóloga Clínica e Psicanalista

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Psicanálise

Como funciona o atendimento em psicanálise?
A psicanálise é uma das muitas abordagens possíveis de serem aplicadas pelos psicólogos em seus atendimentos a fim de lidar com problemas emocionais e comportamentais. Antes de iniciar o acompanhamento, é importante saber como a abordagem do psicólogo funciona, para que você possa verificar se você se identifica com essa técnica de trabalho. A teoria psicanalítica procura entender como a mente humana funciona e acredita que os fenômenos psíquicos são, em boa parte, inconscientes. Sendo assim, para a psicanálise, nós não temos consciência de vários fatores que definem nossas emoções e comportamentos. Esta teoria serve como uma abordagem para o tratamento de uma série de transtornos que causam sofrimento emocional, como fobias, compulsões e angústias. Quando um indivíduo por exemplo apresenta alterações de humor, problemas de autoestima, dificuldades de relacionamento no trabalho ou nas relações amorosas, os psicanalistas buscam – junto com o paciente – a explicação no inconsciente. A imagem clássica da pessoa no divã conversando com o analista ajuda a explicar como funciona uma terapia psicanalítica. A relação de confiança entre o analista e cliente é a base para o trabalho, sendo o diálogo o principal instrumento de trabalho. Fonte: https://br.mundopsicologos.com
Como ter sucesso no processo analítico?
É comum que os pacientes – ou quem pensa em começar um tratamento – perguntem quanto tempo vai levar até que estejam curados de seus sintomas psíquicos. Alguns chegam a colocar um prazo prévio para isso. A análise costuma exigir mais tempo. Se trata de uma espécie de tratamento que investiga e extrai lembranças muito remotas e as analisa cuidadosamente a fim de associá-las com a vida presente do paciente. Os sintomas do ser humano levam anos para se formar e, da mesma forma, não é possível eliminá-los em questão de algumas semanas. Para se ter sucesso no processo analítico é necessário não ter pressa e ser paciente consigo mesmo, deixar as resistências de lado e engajar-se no percurso.
Como surgiu a Psicanálise?
A Psicanálise foi desenvolvida pelo neurologista Sigmund Freud com o intuito de ajudar pacientes que apresentavam desequilíbrios psíquicos. A teoria psicanalítica se aprofundou na ideia do inconsciente, que já fora descoberto anteriormente por Leibniz e Hegel, contudo em outro sentido. No início, Freud fazia uso da hipnose com base nos estudos do fisiologista Josef Breuer, porém ele a substituiu pela associação livre mais tarde. Sua teoria também foi influenciada por filósofos como Platão e Schopenhauer. Ele começou a tratar distúrbios emocionas conhecidos como histeria na época, engajando-se para encontrar a cura para os enfermos. Desde então, passou a utilizar a arte da cura pela fala. Os conceitos de sublimação, perversão, narcisismo, transferência, entre outros, impulsionaram o surgimento da Psicologia Clínica e da Psiquiatria modernas. Com base nisso, vemos que a psicanálise ainda é muito pertinente. Ela pode ser identificada como uma ciência que ajuda na compreensão da mente humana. Freud e a psicanálise auxiliam a compreender mais sobre o homem e a sociedade atual. Devido a isso, a psicanálise hoje é encontrada em diversas áreas, nos consultórios, empresas, escritórios, nas artes, etc. Fonte: https://br.mundopsicologos.com, www.infoescola.com

Temas de Interesse

O Narcisismo

Lampeja o olhar que antes a toda beleza

Se esquivara. És tu, Narciso,

Teu reflexo nas águas, ou a irmã

De gêmeo rosto e forma?

Não, não te afastas, porque a unidade

Em duas se faria e o mundo das sombras ulula

À espera de tal luto. Permaneces inclinado

E adoras, sem saber se és tu, ou quem queres ver

Nos exasperando amor que as águas refletem.

A morte veio enfim buscar-te, consternada,

Vendo os olhos de estranho amante

Fixos na flor nascida de teu sonho.

(Narciso I, Hídrias, p. 38)

O termo “Narcisimo” faz referência a um mito grego. Segundo o poeta romano Ovídio, Narciso se destacava por sua beleza. Seus pais, por meio do oráculo Tirésias, souberam que seu filho teria uma longa vida caso não visse seu próprio rosto.

Narciso acabou despertando o amor da jovem ninfa Eco. No entanto foi desprezada por ele e pediu ajuda à deusa Némeses para vingar-se dele. A deusa fez com que Narciso se apaixonasse pela sua própria imagem espelhada nas águas de um rio. O resultado desse feitiço foi a autodestruição de Narciso.

O termo “Narcisismo” foi incorporado ao discurso científico no final do século XIX, como uma perversão sexual caracterizada pelo amor do indivíduo por si mesmo. O discurso psicanalítico se apropria desse termo em 1914, no texto “Sobre a Introdução do Conceito de Narcisismo”, quando Freud traça seu caráter positivo, bem como o negativo.

Freud expõe o caráter positivo do narcisismo como elemento constitutivo do amor-próprio e da auto-estima, indicado para a autopreservação do sujeito e formação dos laços sociais. Esse caráter positivo tem sido pouco examinado pela literatura científica. Trata-se de um elemento fundamental para a formação de identidade e a forma como o sujeito se percebe perante o mundo. Esse processo ocorre quando o indivíduo ainda é bebê e obtêm referências a respeito de si com base nas pessoas que o cercam, especialmente seus pais. Isso é o que foi denominado de narcisismo primário por Freud.

Quando essa fase passou por muitos exageros, é possível ter o futuro do indivíduo comprometido. Narcisistas tendem a ter problemas na vida profissional, social e amorosa. Entretanto, quando há equilíbrio no processo, o ser humano desenvolve a identificação de maneira saudável.

Características como exigência pela perfeição do outro, arrogância, humilhar o outro são traços desse transtorno. O tratamento pode ser feito por meio de sessões de psicanálise examinando a fundo a forma que o sujeito vê a si e os outros.

FONTE: Considerações Sobre o Narcisismo. ARAÚJO, Maria das Graças, 2010.

Trauma

A palavra “Trauma” possui origem grega e refere-se a “ferida”. Para a psicanálise, as vivências traumáticas são o fundamento da origem de um sintoma.

Atualmente faz-se certa padronização do traumático, referindo-se a catástrofes mundiais ou individuais, de maneira generalizada. Como conseqüência de uma descrição objetiva feita pelo DSM (no qual o trauma é visto como um transtorno) há uma inclinação à des-responsabilização dos indivíduos com relação ao seu sofrimento, havendo uma segregação destes em grupos de "traumatizados", o que impede a possibilidade de subjetivação do trauma.

Com relação a esse cenário, a psicanálise atua fazendo o paciente falar sobre seu sintoma: aquilo que o faz sofrer. Para essa ciência, o conceito de trauma está ligado a experiências precoces, infantis. Nesse contexto, os traumas são vivências no corpo próprio ou percepções sensoriais, vistas e ouvidas, como lembranças ou impressões.

A psicanálise trabalha com o trauma pela via do sintoma. O sujeito é chamado para se responsabilizar por suas escolhas frente às exigências da sociedade. A sua proposta seria tratar o trauma a partir da fala do paciente, aprofundando e resignificando suas experiências infantis.

Transtorno Alimentar – A Obesidade

A obesidade de uma forma geral é uma característica na qual o sobrepeso se evidencia de forma crônica, acarretando uma constante insatisfação com o corpo. Acima de tudo se leva em consideração práticas relacionadas à impulsividade nos pacientes.

Outra característica encontrada nesses pacientes é a exigência estética jogada no dia-a-dia através do olhar que vem do outro: dirigido à pessoa como crítico e acusador. Na obesidade também existe uma exigência de perfeição, levando à interrupção nas tentativas de emagrecimento através de pequenas escorregadelas cometidas durante a dieta.

Muitas vezes os pacientes obesos portam um ganho secundário através da doença. O ato de comer constitui uma forma de evitar a angústia, mas que em contrapartida produz um sofrimento adicional.

Esse fenômeno repleto de contradições não possui explicações simplistas e generalistas. Porém observa-se nos obesos um sentimento comum que é o de “vazio”. Outro padrão percebido entre eles é um sentimento de obrigação de comer.

Em um contexto cultural de consumo, em que o sujeito está subjugado às imposições de saúde, beleza e bem-estar, a obesidade se mostra também como um paradoxo: o ideal de corpo esbelto atua como exigência sempre inatingível, reforçando o indivíduo na compulsão por comer como forma de confronto da frustração decorrente desse contrassenso.

Para que um bom tratamento seja possível, o paciente não deve buscar somente a ajuda com o único objetivo de emagrecer, e sim, ver a obesidade como o resultado de algum sintoma interno, que é justamente aquele que o faz precisar comer tanto. O problema precisa ser visto de uma forma ampliada, para que seja possível descobrir em que sua frustração está retida.

FONTE: “Dimensões Clínicas do Ato na Obesidade: Compulsão Por Comer e Sintoma na Perspectiva Psicanalítica.” Cristiane Marques Seixas, 2019.

TDAH – Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade

As crianças ou adolescentes com esse transtorno apresentam inquietação, agitação, movimentação pelo ambiente, mexer em diversos objetos, mexer as mãos e pés, não conseguem ficar sentadas por mais tempo, problemas em permanecer atentos, fácil distração com estímulos presentes no ambiente ou com seus próprios pensamentos.

É comum que o transtorno seja diagnosticado nos primeiros anos escolares, pois se refere a uma circunstância na qual a criança se depara com exigências sociais que tentam dominar suas ações e emoções.

OO que também chama atenção é a questão do esquecimento: os pais se queixam com o fato do (a) filho(a) esquecer com freqüência o material escolar ou o conteúdo da prova. Outro traço é a impulsividade, que se identifica ao não conseguir esperar sua vez, não terminar as frases, interromper os outros ou agir sem pensar. Também se denota dificuldade no planejamento e organização. Freqüentemente seu desempenho escolar parece abaixo do esperado para a sua capacidade, entretanto é comum que os problemas escolares estejam ligados ao comportamento mais do que ao rendimento.

Usualmente as meninas têm menos sintomas de hiperatividade e impulsividade, mas são igualmente desatentas.

Em torno de 60% das crianças e adolescentes com TDAH entram na fase adulta com alguns dos sintomas de hiperatividade/impulsividade e falta de atenção, porém em um número reduzido. Costumam apresentar limitação em termos de organização e planejamento de atividades diárias, principalmente na questão de estabelecer prioridades. Estressam-se quando possuem muitos compromissos, pois não sabem por qual iniciar. Por receio de não darem conta de tudo, acabam deixando trabalhos incompletos ou interrompidos, assumindo outras tarefas e esquecendo-se de voltar no que já haviam começado. Sentem dificuldade para realizar suas tarefas sozinhos, o que pode acarretar problemas no trabalho, estudos e relacionamentos com outras pessoas.

Na psicanálise, essa psicopatologia é interpretada como uma série de sintomas que podem ser considerados expressões do inconsciente na psicomotricidade. Percebeu-se que o TDAH é uma resposta subjetiva da criança aos obstáculos em sua constituição psíquica, evidenciados através da agitação psicomotora e das dificuldades psicoafetivas nas relações com os outros.

De acordo Marcelli (1998), a vida urbana atual inibe a descarga de energia das crianças, pois possui uma estrutura não adaptada para a criança exercer esse gasto motor de energia. Um exemplo disso é o ritmo escolar,os pequenos apartamentos, a falta de áreas verdes, e assim por diante. Além desse fatores, a instabilidade reativa é encontrada após cirurgias, separações, conflitos familiares, etc.

É necessário investigar o que desestabiliza essa criança/adolescente e trabalhar para minimizar seus sintomas. Ela precisa de espaço para se expressar. Uma rotina com mais lazer e descarga de energia, como a prática de algum esporte ou brincadeiras motoras podem ajudar nesse sentido.

O TDAH deve ser tratado de forma múltipla, com tratamento medicamentoso, psicoterápico/analítico e fonoaudiólogo (se houver transtornos de fala e/ou de escrita). A orientação aos pais e ao corpo docente e ensino de técnicas específicas para o paciente integram o tratamento

Associação Brasileira do Déficit de Atenção Estudo psicanalítico sobre Transtorno de Déficit de Atenção e/ou Hiperatividade (TDAH) na infância.

Sobre o Autismo

O autismo diz respeito a uma falha no processo de constituição do sujeito relacionada com alguns embaraços no exercício da função materna e paterna.

Para a sociedade, ser autista é ser estranho, é ser alguém que na maior parte do tempo vive em seu mundo particular. Os familiares correntemente apresentam sofrimento com o sujeito autista, por vê-lo tão distante dos outros e da realidade.

O diagnóstico por vezes é complexo, pois há os indivíduos que possuem comportamentos mais próximos da realidade, pois estão inseridos no mercado de trabalho, às vezes já são pais ou mães e suas estereotipias não são tão evidentes. A sua dificuldade em sustentar o contato visual ou de fazer amigos ocasionalmente é confundida com timidez ou uma personalidade mais reservada.

De outro lado, há aqueles que chamam atenção por suas excentricidades, como a estereotipia motora mais sobressaída (movimentos repetitivos e intencionais, como se balançar, girar objetos, etc) a ecolalia (caracterizada pela repetição da fala) e o interesse acentuado e restrito por algum tema específico.

O diagnóstico não ocorre através de exames laboratoriais, tampouco por marcadores biológicos. Ele deve ser gerado por um psicólogo e/ou psiquiatra qualificado, que irá se assegurar em observações e entrevistas minuciosas.

Consoante a psicanálise, o transtorno autista está relacionado a imperfeições na função materna e paterna. No caso das funções parentais, os genitores podem ter deixado o bebê sem resposta quando este pedia por ela, também se supõe a falta do olhar dirigido à criança, isolamento, entre outros afastamentos afetivos. Também já se observou na clínica, atitude contrária a isso, na qual o(a) filho(a) autista estava envolto em uma simbiose com a mãe/pai.

Segundo Bleger, a simbiose é uma forte interdependência entre duas ou mais pessoas que se complementam para satisfazer as fragilidades de sua personalidade, as quais exigem imposições que se encontram distantes da realidade (BLEGER, 1967).

Quando o paciente ainda é uma criança, o tratamento psicanalítico também é realizado com os pais, visto que a eles é atribuído falhas no manejo com o (a) filho (a). O trabalho do analista com o autista (independente da idade deste) consiste no reconhecimento do paciente como sujeito. O trabalho integra trazer o paciente para a realidade, retirando-o de seu mundo particular para que o mesmo interaja com o mundo externo. A análise caminha para um sentido de torná-lo sujeito com sua própria individualidade e subjetividade. Separá-lo do sufocamento que o prendia ao desejo alheio, para assim poder reconhecer seus próprios desejos e angústias.

O autismo no enfoque psicanalítico (2006). Doria, Marinho, Pereira Filho. https://ibneuro.com.br


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